“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36).
Leituras da semana: Pv 23:29-35; 1Co 7:2-5; Mt 25:15-30; Mc 10:17-27; 1Pe 3:3, 4
Nos últimos anos, muitos povos se libertaram da tirania e escravidão política. Mas existe outro tipo de escravidão, que pode ser tão ruim ou pior que sua contraparte política – a escravidão do vício. Álcool, tabaco e outras substâncias têm escravizado milhões. Além disso, poderosos vícios não químicos também estão em alta: sexo, pornografia, jogo (ou investimentos arriscados), e a acumulação de dinheiro e bens.
Todos os vícios criam dependência (a pessoa se sente muito incomodada até que a substância seja tomada ou o ato praticado) e certo grau de tolerância (a pessoa precisa cada vez mais dele para alcançar o mesmo efeito das vezes anteriores). Desse modo, as pessoas sentem cada vez mais dificuldade para escapar do ciclo que as capturou. Por essa razão, os que foram apanhados por essas armadilhas precisam do apoio da família, da igreja e dos amigos. Eles também podem precisar de cuidados profissionais e, acima de tudo, do poder de Deus, que opera em sua vida para lhes dar a liberdade que lhes é prometida em Cristo, o Senhor.
Domingo Bebidas alcoólicas
No mundo ocidental, a cerveja, o vinho ou outras bebidas alcoólicas têm sido associadas a eventos memoráveis, ocasiões felizes, feriados e importantes transações comerciais. Aparentemente, existe um aspecto limpo e bonito das bebidas alcoólicas. Elas não só se tornaram socialmente aceitáveis mas, também, uma “necessidade” em certas circunstâncias. Infelizmente, existe outro lado do álcool que aqueles que ganham a vida de seu comércio não querem que seus clientes em potencial vejam.
1. Que diz a Bíblia sobre os efeitos prejudiciais do álcool? Pv 23:29-35. Por sua própria experiência, que efeitos devastadores do uso desse veneno você viu?
29 Para quem são os ais? Para quem, os pesares? Para quem, as rixas? Para quem, as queixas? Para quem, as feridas sem causa? E para quem, os olhos vermelhos?
30 Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam buscando bebida misturada.
31 Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
32 Pois ao cabo morderá como a cobra e picará como o basilisco.
33 Os teus olhos verão coisas esquisitas, e o teu coração falará perversidades.
34 Serás como o que se deita no meio do mar e como o que se deita no alto do mastro
35 e dirás: Espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando despertarei? Então, tornarei a beber. Pv 23:29-35
A bela imagem do vinho picando como uma serpente e envenenando como uma víbora é poderosa. A composição química do álcool é tratada pelo corpo humano não como alimento, mas como uma substância tóxica. Bastam alguns minutos para ser absorvido no estômago e transportado pela circulação sanguínea para o cérebro, pulmões, rins e coração. O fígado é especialmente sobrecarregado a fim de processar uma substância que requer horas de muito trabalho para quebrar. Quando a presença do álcool é crônica e prolongada significativamente, os órgãos se deterioram e a pessoa sofre de uma ou mais enfermidades.
Infelizmente, os efeitos do álcool vão além do bebedor. O consumo do álcool traz consigo um custo social terrível. Metade de todos os acidentes de automóvel e no local de trabalho estão relacionados com o álcool. Muitos crimes são cometidos sob o efeito do álcool. Muito dinheiro público e privado é consumido para prover cuidados de saúde a fim de curar doenças provocadas diretamente pelo álcool. E, chegando mais perto da família, frequentemente, os pais, o cônjuge e os filhos do viciado são vítimas de abuso verbal e físico.
O álcool, assim como qualquer outra substância psicoativa, afeta nossa habilidade de fazer as escolhas morais corretas; sob sua influência, as pessoas tendem a escorregar cada vez mais e mais fundo no pecado.
Os que estão presos a qualquer tipo de abuso de substâncias precisam perceber seu problema e sua necessidade da ajuda de um poder maior que eles mesmos – e isso inclui a graça de Deus, o apoio da família ou de uma comunidade religiosa atenciosa e o tratamento prescrito por profissionais qualificados (se possível).
Como adventistas do sétimo dia, adotamos uma linha muito forte contra o consumo do álcool. Sem os julgar nem condenar, como podemos ajudar aqueles entre nós que estão lutando com esse problema?