O
garoto es ta va
preso entre as eng
ren ag ens da
ponte levadiça, e um
transatlântico carregando
centenas de passageiros
estava se aproximando
rapidamente. O pai do
menino, o operador da
ponte, não tinha se dado conta do desaparecimento de
seu filho até este momento. Em pânico saiu à procura de
seu filho somente o achando inconsciente entre duas
alavancas que levantam a ponte para dar passagem aos
navios. Ele caiu enquanto brincava.
O pai agora estava com medo diante das alternativas que
tinha a sua frente. O transatlântico que não parava de se
aproximar com centenas de vidas a bordo, com o
choque iria matar a todos se a ponte não fosse elevada;
E seu filho caído na caixa de engrenagem, seria
instantaneamente esmagado se o botão que aciona a
ponte fosse ligado.
Com toda sua força ele tentou baixar seu braço para
retirar a criança rapidamente dali para um lugar seguro.
O tempo estava se esgotando. Ele simplesmente não
conseguia alcançar o garoto. Lágrimas desciam
interminantemente do rosto do homem juntamente com
o pressentimento de que ninguém iria socorrê-los e a
mágoa o tomava por completo. Ele fez uma última
tentativa. Mas de nada adiantou. A única coisa que o pai
ouvia eram as vozes e as altas gargalhadas das pessoas
que se divertiam no transatlântico que se aproximava
cada vez mais. A aterrorizante decisão tem de ser tomada
imediatamente. Irá seu amado filho viver? Ou irão
aqueles farristas desconhecidos viverem? Com apenas
segundos para a decisão final ele sabe que seja ela qual
for, terá de viver com isto o resto de sua vida.
Lágrimas de lamento transbordam nos olhos deste pai
que agora via todas aquelas pessoas desconhecidas
passarem abaixo dele. Elas estavam rindo como se nada
tivesse acontecido, completamente sem saber que o
solitário homem acima delas tinha poupado suas vidas
pelo sacrifício da vida de seu próprio filho. Elas nunca se
deram conta do amor que lhes foi mostrado naquele dia.
"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito..." (João 3:16)