Atualmente, no Brasil, as operadoras usam a faixa de frequência de 2.600 Mhz para fornecer o sinal 4G. Porém, esta frequência vem dando dor de cabeça para as empresas pois ela não tem um grande poder de penetração, diminuindo bastante o sinal em ambientes internos, como casas, escritórios e apartamentos. Para fugir desse problema, a TIM anunciou no último sábado (17), através do seu diretor executivo, Rodrigo Abreu, que está inaugurando uma rede 4G na frequência de 1.800 MHz. Inicialmente, apenas a cidade de Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, está usufruindo da nova rede 4G LTE. Outras cidades do litoral fluminense receberão o sinal na nova faixa de frequência, mas a empresa preferiu não informar nenhuma data para que isso aconteça.
A informação foi dada pelo perfil pessoal no Twitter do diretor executivo da empresa. Ele postou também uma screenshot que mostra o teste de velocidade, atingindo 11,49 Mb/s de download e 3,6 Mb/s de uploado. O ping também estava bem baixo, levando em consideração que é uma rede móvel, estava apenas com 48 ms. Daria até pra jogar Battlefield 4 em modo Multiplayer com esse ping!
Antes da TIM, apenas a Nextel havia trabalhado comercialmente com redes 4G nesta faixa de frequência. Ela ofereceu os planos em junho de 2014, ou seja, poucos meses antes da TIM. Mas como a Nextel está passando por um período complicado, é bem provável que a TIM consiga tirar melhor proveito desta faixa.
Como já dito, ondas na frequência de 1.800 MHz tem mais poder de penetração, justamente por terem um comprimento de onda curto. O problema, porém, é que essa faixa de frequência, junto com a de 900 MHz, é usado também para redes 2G (GSM). Desta forma, o espectro que a TIM pode usar é bem menor, visto que ele precisa comportar tanto redes 2G como 4G.
No entanto, a TIM precisa começar a usar essa faixa de operação, sinal ela perderá a licença para atuar nela em 2016. A Oi é outra operadora que precisa correr para montar uma infraestrutura que usa a Banda D (1.800 MHz), com o risco de ter de devolver a licença em 2016. Ambas as operadoras pediram prorrogação do prazo, mas elas não fizeram isso dentro do prazo estabelecido pela Anatel. Cabe agora ao órgão regulador analisar a situação e ver se concede ou não esta prorrogação de tempo.